Durante três anos Jesus esteve com seus
discípulos, dando-lhes diversas instruções. Ao final desse período, por ocasião
da última Páscoa, quando Jesus passa a falar de sua partida, e das coisas que
lhe aconteceriam, a impressão que temos, é que aqueles três anos não foram
suficientes para que seus discípulos pudessem conhecer quem de fato era o
Cristo, sua missão, e o que era esperado deles, após a partida do Mestre.
Isto pode ser verificado, conforme o
registro que João faz em seu Evangelho, nos capítulos 13 e 14, das reações que
os discípulos tiveram e das perguntas feitas por eles sobre o destino que Jesus
teria. Pedro pergunta: “Senhor, para onde vais?” (Jo 13.36). Logo em seguida,
declara que está pronto para morrer com Cristo, mas, demonstra que não sabia o
que estava dizendo. Tomé pergunta também sobre o destino de Jesus, para onde
ele ia (Jo 14.5). Felipe pede para ver o Pai, apesar de conhecer Jesus a um bom
tempo (Jo 14.9). Como puderam depois de tanto tempo com Jesus, se mostrarem
confusos? Haveria esperança para esses discípulos? Será que conseguiriam
subsistir como discípulos e levar adiante a mensagem de Cristo? Com a morte de
Jesus, que ocorreria no dia seguinte, o destino deles era incerto, se não fosse
a promessa que Jesus faz logo em seguida: “E eu rogarei ao Pai, ele vos dará
outro Consolador” (Jo 14.16).
Jesus promete, que após a sua partida,
enviaria outro Consolador ou Advogado. Este outro Consolador, o Espírito Santo,
faria companhia aos discípulos, e os ajudaria na Missão de serem discípulos
verdadeiros de Cristo (Jo 14.16-26; 16.13). O Espírito Santo que habitaria os
discípulos, os ensinaria todas as coisas e faria com que se lembrassem de tudo
quanto tinham ouvido do Mestre. Os discípulos seriam guiados pelo Espírito em
toda a verdade. A diferença é nítida nos discípulos, após ter-se cumprido a
descida do Espírito Santo sobre eles. Aqueles discípulos confusos, quando
recebem o Espírito Santo, se tornam convictos das verdades concernentes a
Jesus. Sob o poder do Espírito Santo cumprem sua missão de forma destemida,
conforme o registro no livro de Atos.
A presença do Espírito Santo na vida dos
primeiros discípulos, foi fundamental, para que, aquele período de preparação
não fosse inutilizado. Sem o Espírito Santo, os discípulos não teriam
conseguido seguir adiante.
É claro, que os discípulos de hoje, também
precisam da habitação do Espírito para poderem se firmar nas verdades a
respeito de Cristo e conseguir levar adiante a mensagem do Evangelho. Somente
em razão de termos o Espírito Santo em nossa companhia, podemos ter certeza
acerca das verdades a respeito de Jesus, e podemos com poder anunciar o
Evangelho.
Agradeça ao Senhor, por ter cumprido a
promessa, dando-nos o seu Espírito para estar conosco sempre e nos capacitar
para sermos verdadeiros discípulos de Cristo Jesus.