segunda-feira, 26 de junho de 2017

O cuidado providente de Deus

Algumas vezes na vida cristã achamos que por estarmos servindo a Deus, as coisas poderiam ser mais fáceis. Temos a tendência de achar que a bênção de Deus e seu cuidado gracioso, só se evidenciam quando as coisas vão bem e não estamos enfrentando qualquer dificuldade. Então, em tais circunstâncias, nos sentimos abençoados. A Bíblia demonstra que mesmo quando as circunstâncias da vida se tornam difíceis, Deus nos abençoa e faz com que tudo contribua para o nosso bem e para a sua glória (Rm 8.28). A graça de Deus muitas vezes se torna evidente na vida cristã, em meio ao sofrimento (2Co 12.9).
Paulo queria visitar Roma para pregar o evangelho (Rm 1.15) e o Senhor havia lhe revelado que isso aconteceria (At 23.11), mas, isso não aconteceu facilmente. Embora a viagem tenha sido difícil e o navio tenha naufragado, por meio de sua providência Deus cuidou de Paulo e de todos os que estavam a bordo do navio, ao todo duzentas e setenta e seis pessoas (At 27.37). As circunstâncias difíceis, não foram obstáculos suficientes para impedir que a vontade do Senhor se realizasse para o bem de Paulo e da pregação do evangelho. Deus fez com que tudo cooperasse para que a sua vontade se realizasse, até mesmo o mau tempo e o naufrágio do navio. Deus governou todos os acontecimentos, fazendo com que sua vontade se cumprisse. Todas aquelas pessoas puderem ver e experimentar do cuidado providencial de Deus e de que sua palavra não falha.
Paulo provou do cuidado de Deus, que colocou em seu caminho, pessoas que o serviram e o ajudaram. Júlio foi alguém que o tratou com humanidade e protegeu a vida de Paulo (At 27.3, 43). Quando chegaram a ilha de Malta, os seus moradores, receberam os náufragos e os trataram com singular humanidade (At 28.2, 10). Possivelmente a expectativa era que tais moradores fossem hostis, mas, eles diferentemente, contrariando tal expectativa, surpreenderam os visitantes com especial cuidado. Naquela ilha, Paulo também pode se hospedar na casa de Públio, o principal morador de Malta (28.7). Não seria tudo isso, prova do cuidado de Deus com Paulo e os demais, preparando-lhes pessoas que os servissem e os ajudassem? A despeito de todas as dificuldades enfrentadas por Paulo em sua vida e ministério, Deus nunca o desamparou, mas cuidou de seu servo. Este cuidado providente de Deus alcança todos os crentes. Devemos perceber esse cuidado em todas as coisas.

Testemunhar de Cristo pode ser uma tarefa difícil, como experimentou Paulo, no entanto, para realizar esta tarefa, contamos com a assistência de Deus. Em tudo, e em todas as coisas e circunstâncias, podemos dizer: “até aqui, nos ajudou o Senhor” (1Sm 7.12).

A Pregação do Evangelho em nosso cotidiano - Marcos 16.15

A pregação do Evangelho por todo o mundo, trata-se de uma incumbência, que recebemos de nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos, conforme os registros nos Evangelhos, de que cada crente tem o dever de anunciar a Cristo Jesus. É bem verdade, que existem aquelas pessoas, que Deus capacitou com o dom de evangelista, e que têm maior facilidade para desempenhar essa incumbência, no entanto, todos nós recebemos o Espírito Santo, em nossa conversão, e somos por ele capacitados com poder para sermos testemunhas de Cristo Jesus em todos os lugares (At 1.8).
Desta forma, conforme dissemos acima, é dever de cada um de nós anunciar a Cristo Jesus a todas as pessoas. O que falta muitas vezes para nós, é na verdade, colocar em prática a ordem que recebemos, e fazer isso, não é tão difícil como pode parecer. O que precisamos na verdade é abrir a nossa boca e aproveitar as oportunidades que nos sãos apresentadas.
Esta semana tive a oportunidade de fazer isso. Em razão de uma necessidade, tive que utilizar o transporte por aplicativo chamado Uber. Fiz uma chamada por aplicativo, solicitando uma viagem. Logo, fui atendido e iniciei a viagem, que em razão do trânsito, durou mais do que o esperado. Durante o tempo de viagem, que durou cerca de uma hora, comecei a conversar com o motorista. Começamos a nos conhecer, conversando sobre trivialidades. Logo, quando me dei conta, estávamos conversando sobre questões de fé e relacionadas ao Evangelho. Descobri que ele, quando criança, frequentara com sua vó, uma igreja evangélica, e que embora tenha se passado muito tempo, ele se lembrava de modo especial de um hino que ouvia ser cantado em tal igreja – “Ao Deus Grandioso”, hino 26 de nosso hinário.
Essa conversa e a oportunidade que tive de testemunhar de minha fé em Cristo, fluiu naturalmente. Pude perceber, como que Deus prepara oportunidades para testemunharmos, e que, precisamos estar apercebidos disso e começar a falar, a abrir a nossa boca.  

Em seu dia-a-dia, no contato com as pessoas, procure testemunhar de Cristo. Abra sua boca, comece a conversar. Busque um ponto de contato na conversa, para que você possa começar a testemunhar de sua fé e falar de Cristo.

Acolhendo visitantes - 1Pedro 4.9

Há poucos dias a trás, me encontrei com um amigo querido e sua família, que estavam de passeio a São Paulo. Meu amigo, em seu último dia nesta cidade, convidou-me para ir com ele e sua família, a certa igreja, ouvir determinado pregador. Aceitei o convite, e à noite nos dirigimos a tal igreja.
Éramos visitantes nessa igreja, ninguém nos conhecia. Aliás, ninguém daquela igreja, nem membros ou liderança, nos conhece até hoje, visto que, entramos pela porta, nos assentamos para participar do culto, e ao final nos dirigimos à porta, sem ninguém ter-nos perguntado quem éramos ou de onde viemos. Entramos e saímos e mal recebemos um “boa noite”.
Eu estava com minha Bíblia na mão e pode ser que tenham pensado: “Este é crente e não precisa voltar aqui, visto que, já deve ter a sua igreja”. Agora, no caso de meu amigo e sua família eles não tinham uma Bíblia à mão, pois, acessaram suas Bíblias do celular. Poderia ser, que ele fosse uma visitante não-crente, e aí? E aí, que se ele estivesse esperando ser bem recebido para voltar lá, certamente, não teria isso como razão para voltar. A não ser que, entendesse verdadeiramente a necessidade de retornar, por uma necessidade espiritual, para ouvir novamente a Palavra de Deus sendo pregada.
Tal situação serviu, para que eu percebesse, como deve se sentir um visitante que entra pelas portas de uma igreja e que mal é notado e como é importante dar atenção a um visitante. Possivelmente havia naquela noite, outras pessoas visitando e pode ser, que dentre aquelas pessoas existisse um visitante carente de Cristo e que precisasse ser notado e conhecido para que se sentisse à vontade para expor suas necessidades espirituais. Isto não saberemos, e talvez, se esse hipotético visitante não se dirigiu a ninguém e nem foi procurado por ninguém, nunca ninguém saberá que ao menos ele esteve ali.
É claro que a conversão de alguém somente acontecerá, por ação do Espírito Santo. Naquela noite o Evangelho de Cristo foi pregado e se havia ali um pecador necessitado da salvação e se tal pecador foi chamado eficazmente pelo Espírito, ele sem dúvida nenhuma se converteu. No entanto, não devemos esquecer de nossa responsabilidade. Certamente é nosso dever dar atenção aos visitantes, iniciar algum diálogo e estabelecer empatia. Tal atitude poderá ser determinante, para que, um visitante, sendo bem recebido, possa, quem sabe permanecer na igreja. 
Jesus ao longo de seu ministério, encontrou-se com diversos pecadores e ao estabelecer empatia com tais pessoas, criou ambiente para que ouvissem do Evangelho e se convertessem (Jo 4.1-30).

Como Igreja do Senhor Jesus, devemos imitar a Cristo, recebendo bem os visitantes, criando oportunidade para lhes falar ao coração de forma empática.

A Bíblia: referencial para a família - 2Timóteo 3.14-17

Quantas vezes vocês pais, cônjuges, se sentiram impotentes diante dos desafios familiares? Viver em família, estar casado, administrar os problemas, educar filhos, não são tarefas fáceis, ainda mais, quando consideramos o contexto social em que vivemos e as muitas vozes que ecoam, tentando nos indicar soluções. São muitas as dificuldades enfrentadas e às vezes, a saída não é fácil de ser encontrada.
Diante de tal quadro, os pais, ou os cônjuges, precisam buscar um referencial seguro, uma voz que de fato indique a saída, a solução, que aponte um caminho seguro. Onde podemos encontrar tal referencial, tal voz? Podemos encontrar tudo isso nas Escrituras. A Palavra de Deus, a Bíblia é totalmente suficiente, para nos munir de tudo quanto precisamos para enfrentar os desafios da vida familiar. Ela é a Palavra de Deus e nela encontramos todo o conselho de nosso Deus e Pai.
O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, indica-lhe o caminho seguro para que ele pudesse se orientar como pastor e pudesse orientar sua igreja, diante dos desafios da vida, num mundo caracterizado pelo pecado (2Tm 3.1-9). Paulo diz que Timóteo deveria permanecer nas Escrituras, pois, ela provinha de Deus e era suficiente para toda e qualquer situação. O que Paulo disse a Timóteo é válido para os crentes em todos os tempos. A Bíblia é inspirada por Deus e útil em todas as questões. Através dela e nela, os servos de Deus, podem encontrar as orientações e conselhos, para enfrentar os desafios familiares. Sejam quais forem os desafios e dificuldades, as Escrituras Sagradas, podem nos indicar o caminho seguro.
O grande problema é que muitas vezes nos desviamos das Escrituras e achamos mais interessante e apropriado o conselho que ouvimos nas redes sociais ou naquele programa de televisão e etc. Muitas vezes achamos, que para o nosso problema, precisamos ouvir um especialista, alguém formado em determinada ciência e que nos apresente um conselho. Não estou dizendo que, não podemos ouvir um conselheiro, e que seja verdadeiramente cristão. O que estou dizendo é que muitas vezes nos esquecemos de que a Bíblia – esse  livro de capa preta, muitas vezes esquecido, durante a semana em nossa estante – deveria  ser nosso manual de vida.
O melhor e mais sábio dos conselheiros está ao nosso alcance, quando abríamos as Escrituras e nos submetemos à sua “voz”, que ecoa de sua leitura. O Deus Trino, fala conosco e nos indica o melhor caminho, a melhor solução, na verdade o único caminho e a única solução verdadeira para o nosso problema e desafio.

Que a Palavra de Deus, verdadeiramente esteja em cada coração e lar, e que seja a voz conselheira ouvida pelos pais e cônjuges. 

Superando as expectativas - Mateus 5.43-48

Ser cristão é “nadar contra a correnteza”, implica numa prática de vida que supera as expectativas. É justamente isso que Jesus nos ensina em Mateus 5.43-48, ao falar acerca do dever que temos de amar a todos, até mesmo aqueles que são nossos inimigos e que nos perseguem.
O Senhor Jesus demonstra que na prática do amor a expectativa comum, que normalmente é esperada, é que o amor seja demonstrado àquelas pessoas que são fáceis de se amar, ou seja, com quem não temos qualquer barreira ou impedimento. O Senhor Jesus estava corrigindo uma interpretação de Levítico 19.18,  que era aceita entre os judeus, mas, que não correspondia ao espírito da lei dada por Deus através de Moisés. Os interpretes da lei, entendiam que o mandamento de Deus, “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”, deveria ser aplicado somente na relação entre judeus, e que tal mandamento não se aplicava na relação interpessoal, com pessoas que não pertenciam a seu povo. O próximo de um judeu, portanto, era outro judeu, ou seja, uma pessoa com quem não tinham qualquer barreira ou impedimento para exercer o amor. É claro que a interpretação aceita pelos judeus, atendia as inclinações pecaminosas do coração. O amor proposto por tal interpretação era um “amor barato e egoísta”, na verdade não era amor de verdade, o amor bíblico ensinado por Deus em toda a Escritura.
Jesus ensina que o nosso amor ao próximo deve superar as expectativas. Devemos amar aquelas pessoas com que tem não temos qualquer impedimento, mas, amar aquelas também, que exija de nós, um amor, que supere às nossas preferências. É fácil amar quem não se opõe a nossa opinião, quem gosta de nós, quem é agradável,  quem é gentil e nós respeita. Jesus ensina que isso é fácil e qualquer um faz (o publicano e o gentil), mas, agir diferente, amar quem nos odeia e nos persegue, somente faz isso, quem de fato e de verdade é filho do Pai celeste. Deus demonstra seu amor para com todos, fazendo o sol nascer e enviando chuva para todos. Não são somente seus filhos, ou aqueles que lhe são obedientes são alvos de suas bênçãos, mas, até mesmo aquele que o odeia ou nega sua existência, são abençoados pelo Senhor.

Ame seu irmão, seu amigo, aquela pessoa agradável e gentil, mas, ame a todos, até mesmo seus inimigos e perseguidores. Demonstre amor a todos e supere as expectativas de todos. Seja perfeito, “como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5.48).

Deus é sempre gracioso

Não há um centímetro se quer de nossa existência, em que possamos dizer, que Deus não agiu com graça em nosso favor. Até mesmo naqueles momentos mais sombrios de nossa existência, podemos dizer com toda a certeza, que até mesmo ali, a graça de Deus nos alcançou e nos assistiu.
Deus é sempre gracioso. Sua graça está sempre presente em nossa vida. Não há um dia sequer, que possamos dizer, que sua graça não foi suficientemente demonstrada a nós. Essa é uma verdade estampada nas Escrituras e experimentada pelos personagens bíblicos. Quando estudamos a história dos servos de Deus, verificamos o que estamos tentando demonstrar.
Veja por exemplo a experiência vivida pelo apóstolo Paulo (2 Co 12.1-13). Paulo estava correndo o risco de se tornar soberbo, mas, o Senhor não permitiu. Logo, lhe enviou um espinho na carne. Sendo mais exato, não um pequeno espinho, mas, enviou-lhe uma estaca fincada em sua carne. Tal sofrimento foi muito duro para Paulo. Ele por três vezes orou, pedindo que Deus afastasse dele aquele sofrimento. Mas, a resposta que ouviu do Senhor foi: “A minha graça te basta”.
E o exemplo de Pedro? Momentos antes de Jesus ser entregue para ser condenado a morte, Pedro foi avisado que teria sua vida bagunçada por Satanás (Lc 22.31-34). Pedro seria tentado e negaria a Jesus, apesar de suas vãs promessas de que não o trairia. No entanto, Jesus diz a Pedro, que antes mesmo que tal coisa lhe acontecesse, ele já havia rogado, intercedido por ele.
A graça de Deus nos acompanha sempre, não podemos ter dúvida disso. Assim como foi com Paulo, Pedro e tantos outros servos de Deus, assim é conosco também. Somos filhos de Deus e ele está sempre se compadecendo de nós, como um pai amoroso (Sl 103.13, 14). Cristo Jesus continua sendo nosso intercessor, nosso mediador. Ele está sempre intercedendo por nós e dispensando seus cuidados graciosos.

Em qualquer circunstância, podemos ter a certeza da graça de Deus e de ela nos basta.