sábado, 14 de abril de 2018

Senhor! Livra-nos da Soberba


“Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão” (Sl 19.13).

     Podemos dizer que o pior pecado, em suas consequências, a que estamos expostos constantemente, com certeza é o da soberba, do orgulho espiritual. Esse pecado, podemos dizer, serve de fundamento para inúmeras outras formas de pecado. Uma das coisas que a soberba nos faz é tornar-nos cegos, nos impedindo de ver a real condição espiritual em que nos encontramos. Todos nós sem exceção estamos sujeitos a esse entrave espiritual. Quando somos tomados por esse sentimento, não conseguimos discernir em nós, a gravidade do erro, nem conseguimos enxergar a nossa falha. Nosso discernimento com respeito àquelas coisas certas ou erradas é prejudicado e nos impedem de conseguir separar um do outro.
          Jesus em seu ministério terreno, por diversas vezes  condenou esse sentimento, que existia com tanta força no coração dos fariseus. Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus ilustrou o que acontece com alguém quando é tomado pelo orgulho espiritual, pela soberba (Lc 18.9-14). Assim como o fariseu da parábola, a pessoa dominada pelo orgulho só consegue enxergar os erros dos e nos outros, mas é incapaz de enxergar a sua própria falta. Não que tal pessoa não saiba mais o que é certo ou o que é errado, mas, ela não consegue enxergar em si mesma o erro. O fariseu da parábola sabia o que era andar na injustiça, mas, não conseguia ver que ele mesmo era um homem injusto e que precisava da misericórdia de Deus.
             O Salmista Davi foi dominado exatamente por esse tipo de sentimento. Quando foi procurado pelo profeta Nata (2Sm12.1-15), Davi soube emitir juízo quanto ao que deveria ser feito ao homem rico da história que lhe foi contada, que sendo dono de muitas ovelhas e gado, tomou do pobre a sua única cordeirinha para oferecer como comida ao viajante. O problema de Davi não era a falta de discernimento quanto ao que era certo ou errado, mas a falta de discernimento quanto a sua real situação espiritual. Não conseguia enxergar o seu próprio pecado, enquanto não foi argüido pelo profeta Natã. A duras penas Davi aprendeu a lição.
            No Salmo 19, verso 13, aprendemos com Davi a fazer uma oração importante: “Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão”.
          Pensemos seriamente acerca dessa questão. Façamos a oração feita por Davi, para que a soberba não domine o nosso coração.

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