sexta-feira, 28 de setembro de 2018

As eleições de 2018 e o eleitor cristão – Parte 2


Em Romanos 12.2, a ordem bíblica para o crente é: “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. A ordem segue em duas direções.
Primeiro, não podemos tomar a forma, nos tornar conforme, nos conciliar, nos adequar a este século. A palavra século significa, mundo, o caráter e a conduta do ser humano. Como cristãos nossa conduta não deve se adequar a forma e os valores deste mundo.
Segundo, “a atitude mental do crente deve ser determinada pelo conhecimento do evangelho, mediante o poder do Espírito e pelos interesses da vida por vir [...] e não pelas modas passageiras desta época (2Co 4.18; 1Jo 2.17). Somente através dessa renovação santificadora o crente torna-se sensível o bastante para ‘provar’ (discernir) o comportamento que está em consonância com a vontade de Deus em cada situação” (Bíblia de Estudo de Genebra, p. 1337).
Certamente, não tomar o formato deste mundo e discernir a vontade de Deus em cada situação inclui, também, como votar nas eleições de 2018. Como cristãos, o evangelho de Cristo de Jesus deve nos afetar em nossa escolha. Os cristãos não devem ser conduzidos pelo pensamento deste mundo, ou seja, pelas diversas ideologias políticas que disputam o nosso voto, e que estão em oposição ao evangelho.
Cabe a cada crente, avaliar as diversas ideologias políticas, com os óculos do evangelho. Através desta avaliação no intuito de discernir a vontade de Deus, devemos optar por votar naquele candidato ou partido, que em sua proposta de governo, mais se adeque a um modo de pensar e de se conduzir cristão. Sem dúvida, não podemos votar naquele candidato ou partido, que de forma explícita ou implícita, tenha propostas que se chocam frontalmente com os princípios do evangelho. Sabemos de candidatos que são abertamente favoráveis a políticas públicas que promovam o aborto, que prejudicam a família, que apoiam países sob regimes totalitários. Sem dúvida, um candidato que apoia tais propostas está frontalmente se opondo aos valores do evangelho.
Nosso voto nas eleições de 2018, trata-se de uma grande oportunidade para refletirmos sobre nossos valores e avaliarmos se de alguma forma, nosso modo de pensar e de se conduzir está conformado ao mundo ou conformado a vontade de Deus.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

As eleições de 2018 e o eleitor cristão

Estamos às vésperas de uma importante eleição em nosso país. Em poucos dias, começaremos a definir os próximos quatro anos de nossa nação. Tudo dependerá do voto de cada brasileiro. Temos vivido dias difíceis. Nosso país está saindo de um período de grande crise econômica, mas não é só isso com que precisamos nos preocupar, ou seja, embora a crise econômica seja importante, temos que nos preocupar com outros problemas. Aliás, a crise econômica que estamos enfrentando é resultado de uma crise ética e moral instalada em nossa nação, como resultado de políticos corruptos e comprometidos com ideologias populistas comprometedoras.
Diante da gravidade desse momento, podemos perguntar: o eleitor cristão é diferente do eleitor comum? Seu voto deve ser exercido sob bases e princípios diferentes daqueles que não são cristãos ou crentes? Sim e sim. O eleitor cristão é diferente sim, do eleitor comum e seu voto deve sim, ser exercido sob bases e princípios diferentes daqueles que não são cristãos ou crentes.  De que forma então, o eleitor cristão deve exercer seu voto?
Tratamos às vezes nossa escolha política como sendo algo em que nossa fé não possa interferir. Achamos que nesse assunto, nossas convicções cristãs não fazem e nem podem fazer diferença. É como se estivéssemos num território neutro. Mas é claro, que isso não deve ser assim. Seja nossa escolha política ou qualquer outra, tudo deve passar pelo crivo, da Bíblia, da Palavra de Deus. Se dizemos que “a Bíblia é a única regra de fé e prática”, logo, também, em nossa escolha política, a Bíblia deve interferir e servir como parâmetro para o nosso voto.
O Salmo 1, diz que a pessoa bem-aventurada tem um modo de pensar, agir e pertencer que se distingui, daqueles que não temem a Deus e que vivem na impiedade. O que faz a diferença na pessoa bem-aventurada é a Palavra de Deus, a lei do Senhor, em que medita de dia e de noite. Será que a Palavra de Deus não tem algo para nos dizer acerca deste momento de grande gravidade e de importante decisão? Será que os princípios das Escrituras Sagradas não devem balizar nossa decisão de escolha política e de voto? Sim, com certeza, a Palavra de Deus deve nos guiar nessa escolha. De que forma devemos fazer isso?
Quando estiver definindo em qual candidato votar, submeta-o ao crivo da Palavra de Deus. Não estou dizendo com isso que o candidato escolhido tenha que necessariamente ser crente, mas, contudo, suas propostas devem se aproximar de princípios e valores cristãos, ou que, de um modo geral não se oponham a esses princípios e valores. Analise suas propostas. Examine suas declarações. Leia a plataforma de governo proposta pelo candidato e seu partido. Conheça a ideologia política de cada partido e de cada candidato. Há candidatos que assumem abertamente seu compromisso e apoiam propostas que se opõe a princípios cristãos fundamentais, tais como a defesa da vida, da família, da liberdade religiosa, da liberdade individual, e etc. É claro que como cristãos não podemos apoiar ou votar em candidatos que pertençam a partidos que neguem ou se oponham aos ditos princípios. Não deve haver dúvida para nós sobre isso.
Além de fazer o exame proposto acima, ore a Deus. Ore por nossa nação, para que Deus nos oriente em nossa escolha e abençoe os nossos governantes (1Tm 2.1-6). Lembre-se, que acima de qualquer governante, Deus exerce o seu governo por meio de Cristo Jesus (Ef 1.15-23) e sobre todos reina soberanamente (Sl 46.8-11). Por isso, seja qual for o destino definido na eleição em outubro, Deus continuará a reinar e cuidará daqueles que o temem (Sl 23).