sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Judas Iscariotes e os governantes populistas

 



Em João 12, enquanto Jesus se preparava para a sua morte, Maria, sua discípula, “tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos” (v.3). Judas Iscariotes, o traidor, logo interveio de uma forma muito “piedosa”: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” (v.5). É claro que o interesse de Judas pelos pobres não era legítimo. Ele estava preocupado com o seu próprio bem-estar. Sua preocupação era que a bolsa estivesse cheia e ele pudesse subtrair dela alguma moeda.

Não se engane, pois, nem sempre aquele que diz ter interesse em abençoar os pobres, tem em vista exatamente isto. Como podemos ver, até mesmo entre os discípulos de Jesus havia aquele que usava desse expediente, com o fim de engordar o próprio ventre.

Governantes populistas sempre levantam a bandeira de ajuda aos necessitados, mas, não o fazem com interesse legítimo, sincero. Ao invés de proporem planos de governo que efetivamente contribuam para o progresso do país e consequentemente tirem pessoas da pobreza, propõem ao invés, aumentar os pacotes de ajuda aos necessitados, perpetuando a pobreza e a dependência do estado. No entanto, é claro que fazem isto, não por terem um interesse legítimo ou sincero, mas porque estão de olho em sua popularidade e pensando em se perpetuar no poder. Em outras palavras, estão pensando na reeleição.

Como pode um país ser governado de forma minimamente justa, se seus governantes governam com o fim de se perpetuar no poder? Como pode um país deixar no passado as suas mazelas, se os seus governantes, só pensam neles mesmos e governam para si mesmos?  Tal como Judas Iscariotes, tais governantes, não podem ser louvados por suas “medidas de combate à pobreza”, antes, devem ser denunciados como traidores egoístas.