Há poucos dias a trás, me encontrei com um
amigo querido e sua família, que estavam de passeio a São Paulo. Meu amigo, em
seu último dia nesta cidade, convidou-me para ir com ele e sua família, a certa
igreja, ouvir determinado pregador. Aceitei o convite, e à noite nos dirigimos
a tal igreja.
Éramos visitantes nessa igreja, ninguém
nos conhecia. Aliás, ninguém daquela igreja, nem membros ou liderança, nos
conhece até hoje, visto que, entramos pela porta, nos assentamos para
participar do culto, e ao final nos dirigimos à porta, sem ninguém ter-nos
perguntado quem éramos ou de onde viemos. Entramos e saímos e mal recebemos um
“boa noite”.
Eu estava com minha Bíblia na mão e pode
ser que tenham pensado: “Este é crente e não precisa voltar aqui, visto que, já
deve ter a sua igreja”. Agora, no caso de meu amigo e sua família eles não
tinham uma Bíblia à mão, pois, acessaram suas Bíblias do celular. Poderia ser,
que ele fosse uma visitante não-crente, e aí? E aí, que se ele estivesse
esperando ser bem recebido para voltar lá, certamente, não teria isso como razão
para voltar. A não ser que, entendesse verdadeiramente a necessidade de
retornar, por uma necessidade espiritual, para ouvir novamente a Palavra de Deus
sendo pregada.
Tal situação serviu, para que eu
percebesse, como deve se sentir um visitante que entra pelas portas de uma
igreja e que mal é notado e como é importante dar atenção a um visitante.
Possivelmente havia naquela noite, outras pessoas visitando e pode ser, que
dentre aquelas pessoas existisse um visitante carente de Cristo e que
precisasse ser notado e conhecido para que se sentisse à vontade para expor
suas necessidades espirituais. Isto não saberemos, e talvez, se esse hipotético
visitante não se dirigiu a ninguém e nem foi procurado por ninguém, nunca
ninguém saberá que ao menos ele esteve ali.
É claro que a conversão de alguém somente
acontecerá, por ação do Espírito Santo. Naquela noite o Evangelho de Cristo foi
pregado e se havia ali um pecador necessitado da salvação e se tal pecador foi
chamado eficazmente pelo Espírito, ele sem dúvida nenhuma se converteu. No
entanto, não devemos esquecer de nossa responsabilidade. Certamente é nosso
dever dar atenção aos visitantes, iniciar algum diálogo e estabelecer empatia.
Tal atitude poderá ser determinante, para que, um visitante, sendo bem
recebido, possa, quem sabe permanecer na igreja.
Jesus ao longo de seu ministério,
encontrou-se com diversos pecadores e ao estabelecer empatia com tais pessoas,
criou ambiente para que ouvissem do Evangelho e se convertessem (Jo 4.1-30).
Como Igreja do Senhor Jesus, devemos imitar
a Cristo, recebendo bem os visitantes, criando oportunidade para lhes falar ao
coração de forma empática.
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