Não
é incrível o avanço que tivemos com o surgimento da internet? Muitos foram os
ganhos que tivemos com o seu surgimento e propagação. Lembro-me que, em 1999,
quando pastoreava na cidade de Miracatu-SP, tive que mandar um arquivo
eletrônico para um conhecido. Como eu não tinha internet em casa, pois, não
havia chegado ainda em tal cidade, tive que gravar o arquivo em um disquete e
enviá-lo por carta pelo correio. Isto é algo inimaginável em nossos dias.
Com
a chegada da internet e com o uso que fazemos de suas várias ferramentas e
redes sociais, tivemos uma reviravolta na maneira como vivemos e nos
relacionamos. Hoje, conseguimos acessar informações, que nunca antes fora
possível, em pequeno espaço de tempo e com apenas um clique. Mantemos contato
diário e constante com parentes e amigos, que estão a quilômetros de distância,
o que antigamente só era possível por telefone (e custava caro) ou carta (e
demorava bastante). Através das redes sociais, conseguimos propagar ideias,
evangelizar, divulgar princípios bíblicos, ouvir bons pregadores e etc. Hoje,
muitos nem conseguem imaginar o que seria viver sem internet. Só quem viveu no
período pré-internet sabe o que é essa experiência.
No
entanto, apesar dos avanços e dos ganhos que tivemos, a internet tem sido um meio
utilizado para o mal ou mal utilizado. O poder do mal, das transgressões, da
vaidade humana, e ou do pecado, têm sido potencializados. Pense por exemplo, na
fofoca ou na maledicência. Antigamente, qunado não havia internet, falar
mal de alguém tinha um alcance bem mais limitado. Hoje, quando falamos mal de
alguém ou divulgamos pelas redes sociais uma fofoca, ou emitimos uma
opinião que afeta a imagem de alguém, isto tem um alcance tremendo e o seu
estrago é muito maior.
O
incrível de tudo isso, é que muitos cristãos, não conseguem entender, ou não
ligam, ou não se apercebem, que no ambiente virtual não vale tudo. Muitos acham
que estão vivendo num mundo paralelo, num ambiente neutro, onde não precisam
aplicar os princípios e ensinamentos cristãos. Nunca antes na história, a
ficção da trilogia de Matrix foi tão real. Mesmo na ficção, como no
filme de Matrix, aquilo que acontecia dentro de um programa de
computador, dentro de uma rede específica, embora ocorresse num ambiente
virtual, ainda sim, afetava realmente a vida de seus personagens. Alguém, na
batalha virtual contra o domínio das máquinas, poderia morrer realmente, mesmo
estando só conectado. Nos esquecemos muitas vezes, que quem está na frente da
tela digitando ou postando e quem está do outro lado lendo ou acessando,
continuam sendo pessoas reais, detentoras de sentimentos, coração, alma, ou
seja, são pessoas de carne e osso, e que serão afetas, seja para o bem, seja
para o mal, por nossas “ações virtuais”.
Desta
forma, aqueles que professam a fé cristã, devem ter mais cuidado com o uso de
tal tecnologia. Mesmo sendo um ambiente virtual, não se esqueçam de que, ainda
sim, ali, os pecados são reais e a gravidade de nossos atos podem ser
potencializados, agravando a nosso culpa. Mesmo em um ambiente virtual, nossa
santificação e obediência a Cristo e a sua Palavra, devem ser reais. Sendo
assim, vale ali, o mandamento de Cristo Jesus: “Portanto, sede vós perfeitos
como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5.48).
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