terça-feira, 15 de junho de 2010

Comunhão Verdadeira Com Deus

I João 1.5-2.2

Como podemos ter comunhão com Deus? Ou seja, nosso relacionamento com Ele como é possível? Em nossos dias, muito se tem falado sobre este assunto, contudo, a comunhão com Deus, tem sido banalizada. Para muitos, ter comunhão com Deus, tem sido reduzido a sentir algo, tocar, esperar uma energia, algo assim. Para muitos a comunhão com Deus tem ficado restrita a alguns momentos, como cantar, se emocionar, envolver-se num clima. Desta forma, não é difícil encontrarmos pessoas que dizem ter comunhão com Deus, mas que contudo, vivem uma vida alienada da Palavra e por conseqüência da Santidade. O misticismo tem sido característico nesse tipo de “comunhão”. Será que o que presenciamos é verdadeira comunhão? Será que Deus quer se relacionar conosco assim? É sobre este assunto que João aborda em sua primeira carta, de forma especial em 1.5-2.2, demonstrando em quais circunstâncias e com quem Deus se relaciona. Partindo-se do conhecimento do caráter de Deus, ou seja, “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma”, João aponta algumas conclusões que devem ser consideradas por nós para termos comunhão verdadeira com Deus. Desta forma, possuindo Deus um caráter plenamente santo:
1. Não tem comunhão com Ele: a) Quem anda no pecado, ou seja, quem vive na prática do pecado, cf. v.6; b) Quem nega ter uma natureza pecaminosa, cf. v.8; c) Quem nega que o pecado esteja em sua conduta, v.10;
2. Tem comunhão com Ele: a) Quem anda na prática da justiça, cf. v.7. Isto não significa que tal pessoa seja perfeita, no entanto, sua conduta é marcada pela prática da justiça. Tal pessoa é conhecida não por suas falhas, mas por seu modo reto de viver; b) Quem admite ser pecador por natureza e confessa seu pecado a Deus na certeza de que terá o perdão, v.9. Conforme 2.1-2, tal perdão é mediante a obra de Cristo Jesus, realizada em favor do pecador; c) Quem admite a realidade do pecado, de que pode cair em pecado, cf. 2.1-2.
O que João procura demonstrar é que, diferente do que se pensa, a comunhão com Deus não é determinada por algum momento de êxtase espiritual, e sim, é determinada por uma conduta de retidão, de santidade, fundamentada na verdade (v.6), ou seja na Palavra. Percebemos que a comunhão com Deus envolve toda a nossa vida e não somente um instante dela, ou em outras palavras, para termos comunhão com Deus precisamos assumir uma postura de santidade na vida diária. Ao dizer isto, condenando aquelas práticas de culto em que se promove o êxtase, não estou negando a importância e a necessidade do culto como um momento de se buscar comunhão com Deus. Embora, mesmo o culto sendo um instante em que não se nega certa medida de emoção, quando cantamos e nos alegramos na presença de Deus, no entanto, deverá prevalecer sempre a percepção de que tal momento só contribuirá para aprimorar nossa comunhão com Deus, se formos instruídos pela Palavra da verdade e conduzidos a santidade.
Deus é luz, sendo assim, a comunhão com Ele só se dá se andarmos na luz, na prática da Palavra de Deus. Isto não implica em perfeição, contudo, implica em almejarmos a perfeição, deixando de lado o pecado a cada dia.
Deus quer ter comunhão com seu povo, e Ele mesmo em sua Palavra aponta de que forma isso deve acontecer.
Que Deus nos ajude, e nos ensine pela sua Palavra, a maneira correta de nos relacionarmos com Ele.

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