O Brasil foi ocupado por Portugal, que trouxe a
religião católica. O catolicismo passou a ser a religião da colônia portuguesa.
Nota-se que nesse período eram comuns as parcerias político-religiosas. Tais
parcerias “serviam de incentivo para os navegadores que se sentiam amparados
pelo Estado e pela Igreja Cristã”[1].
No século XVI e no século XVII, houve duas
tentativas de implantação da Reforma no Brasil, através de invasores.
Nessas duas tentativas de invasões do Brasil, tem-se
o que era característico no período, ou seja, a parceria político-religiosa.
Nas invasões e conquistas de outra nação ou território, transplantava-se para o
invadido não só a cultura do invasor, mas também a religião. Na verdade a
religião vinha a reboque. E, devido a essa parceria, os princípios cristãos
introduzidos ficaram muitas vezes prejudicados, visto que os invasores, por
vezes devido aos interesses político-econômicos, sacrificavam as convicções
cristãs.
Osvaldo Henrique Hack faz o seguinte comentário sobre
essa situação:
As parcerias político-religiosas serviam de incentivo para os
navegadores que se sentiam amparados pelo Estado e pela Igreja Cristã.
Lembremos que cada Estado tinha suas leis e pretensões políticas, nem sempre
coincidentes com os propósitos do Cristianismo.[2]
Isso é verdade não só no que se refere às conquistas
por parte de católicos, como também de protestantes.
As duas invasões do Brasil, francesa e holandesa,
refletiram esse procedimento e os conflitos políticos e religiosos que ocuparam
o cenário europeu da época. A disputa entre católicos e protestantes se
estendeu até o solo brasileiro[3].
Embora, como já dito acima, as invasões não tenham
sido principalmente motivadas por questões religiosas, as convicções religiosas
foram fundamentais na promoção de tais intentos.
O Brasil, ao se tornar colônia portuguesa no século
XVI, recebeu desde o início uma consciência católica, “moldada sob o signo da
contra-reforma católico-romana”[4].
Os invasores franceses e holandeses, por outro lado, trouxeram na bagagem o
protestantismo e almejavam encontrar no Brasil o que não tinham em seus países,
ou seja, no caso dos protestantes, um lugar para exercer sua fé com liberdade,
principalmente no caso dos franceses[5].
Nota: Este artigo é parte integrante de minha Dissertação de mestrado em Ciência da Religião. Caso tenha gostado e queira continuar lendo, você pode acessar o conteúdo total deste capítulo e da referida dissertação em
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=189947
Bom dia Valdemar
ResponderExcluirMe chamo Luci Caroline, pertenço a Igreja Presbiteriana de Brasil em Três Riachos, Biguaçu, SC.
Faço parte da SAF como sec. de comunicação e marketing e vim aqui comentar que utilizei um texto seu sobre Reforma Protestante, e disponibilizei no site da nossa Sinodal, dando os devidos créditos.
Obrigada!
Um grande abraço!
Olá Luci,
ExcluirFico contente de ter contribuído com você e sua SAF de alguma forma. Pode usar os artigos à vontade.
Abraços e que Deus a abençoe juntamente com sua SAF e Igreja