1. Espírito
Nacionalista – A Igreja Católica através do Papa exercia domínio sobre as
nações. Sabemos que no período anterior a Reforma, o papado se intrometia nas
questões de estado. A Reforma, em um dos seus aspectos foi uma revolta de
algumas das grandes nações do oeste da Europa contra o domínio da Igreja
exercido sobre essas nações por um estrangeiro - o papa. O espírito
nacionalista desenvolveu-se durante os séculos 13 a 16, quando aconteceu a
Reforma. A separação entre Igreja e Estado foi uma das conquistas da Reforma
Protestante.
2. A Decadência
Espiritual da Igreja – Quem assistiu o filme “Lutero” pôde perceber que na
época da Reforma, o clero católico estava corrompido. A imoralidade havia
tomado conta dos sacerdotes católicos. Egoísmo e acumulo de riquezas
caracterizava a vida de muitos sacerdotes. O Evangelho não era pregado. A
supertição e o misticismo haviam tomado conta da Igreja. O povo havia sido
abandonado a sua própria sorte. Tal situação serviu de motivação para que se
buscasse uma renovação da Igreja, e a Reforma foi a saída para isso.
3. A queda do poder
papal – As disputas políticas dentro da própria Igreja, bem como, as disputas
de poder travadas entre o papado e os reis, contribuíram para enfraquecer o
poder papal. Com tal poder enfraquecido, a Reforma não pôde ser detida. Sem o
apoio que o papa tinha de diversas nações, a Reforma se fortaleceu e se expandiu
por várias nações da Europa.
4. Inquietude Social
– Principalmente na Alemanha, as classes pobres de camponeses se revoltavam
contra a opressão e exploração dos nobres que eram donos da terra. Os
sacerdotes também se beneficiavam de tal situação e eram consequentemente
indiferentes a situação do povo.
5. A Renascença – Os
séculos 14, 15, e 16 foram uma Renascença, ou seja, aquele despertar da
natureza humana que se processou tão extensa e profundamente que foi necessária
uma nova palavra para descrevê-la: Renascimento. Todas as faculdades da
natureza humana foram maravilhosamente despertadas e todas as atividades
humanas apresentaram extraordinário progresso. Podemos destacar algumas
conquistas desse período: 1) Grandes descobertas geográficas surgiram no
oriente e no ocidente, de sorte que a forma e tamanho exatos da terra foram
determinados; 2) Descoberta do sistema solar de Copérnico; 3) Invenções
mecânicas, dentre elas a da imprensa em 1450; 4) Expansão do Comércio e da
Indústria; 5) A Europa entrou em contato com a cultura e a civilização da
Grécia e de Roma. Novo conhecimento da língua grega. A disseminação da língua
grega fez com que os homens lessem o Novo Testamento no original. Ex: Erasmo e
João Colet.
Esses foram fatores determinantes, que contribuíram para que a Reforma
Protestante acontecesse. Percebemos como o Senhor Jesus Cristo age
soberanamente na história, cumprindo a sua promessa de que “as portas do
inferno não prevalecerão contra” a sua Igreja (Mt 16.18). Assim como se deu em
outras ocasiões da história, o nosso Senhor não permitiu que a corrupção humana
e nem as investidas do inimigo aniquilassem a sua Igreja.
Que a graça de Deus assista sempre a sua Igreja, preservando-a da
corrupção e do engano.