“Toda a Escritura é
inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17).
No dia 31 de
outubro comemoramos o dia da Reforma. Como sabemos, foi nesta data, em 1517, às
vésperas do dia de “Todos os Santos”, que Martinho Lutero afixou na porta da
capela de Wittenberg na Alemanha, as suas 95 teses. Nelas Lutero combatia a
venda das indulgências emitidas pelo papa, para a diminuição das penas do
purgatório daqueles que as compravam. Lutero demonstrou que a Igreja não podia
oferecer perdão aos pecados, tampouco alterar a situação do purgatório, mas
somente Deus poderia oferecer perdão.
Essa data deve ser lembrada como o marco da Reforma,
contudo, não foi somente devido ao posicionamento de Martinho Lutero que ela
aconteceu. Outros antes dele, já haviam manifestado o seu descontentamento com
a Igreja Católica e desejaram a sua reforma. John Wycliff, nascido por volta de
1320 ou 1330, foi um desses homens. Ele declarou que a Bíblia era a única regra
de fé e prática e se voltou contra o suposto direito do papa de cobrar impostos
ou taxas na Inglaterra. Suas ideias influenciaram John Huss (1373-1415) da
Boêmia, que foi condenado à fogueira por seus ideais reformadores. Outro
pré-reformador que tem destaque é Jerônimo Savonarola (1452-1498). Esses três
homens serviram para fortalecer o espírito reformador que se efetivou por mãos
principalmente de Martinho Lutero e de João Calvino.
É importante
ressaltar que a Reforma Protestante aconteceu não somente motivada por ideais
religiosos. Ela alcançou seu êxito, motivada por alguns fatores que sem eles
ela não teria acontecido. Um deles foi a Renascença (séculos XIV-XVI), que
podemos dizer, foi um período de grande progresso das atividades humanas. O
desejo pelo conhecimento e o retorno aos originais, permitiu, por exemplo, que
os reformadores recorressem as línguas
originais da Bíblia, não dependendo mais da interpretação do papado. Foi a
época da invenção da imprensa por Guttenberg (1450), possibilitando a
divulgação mais rapidamente das ideias e do conhecimento.
Podemos
mencionar outros fatores tais como: Espírito nacionalista (luta por liberdade
do domínio religioso universal exercido pela Igreja Católica); mudanças
econômicas e sociais; revolta dos camponeses contra a opressão de seus senhores
e contra a indiferença da igreja em defendê-los (Ex.: Camponeses da Alemanha).
Percebemos que
a Reforma Protestante, não pretendia somente uma reforma religiosa, mas, queria
uma reforma de toda a sociedade. Ela anunciava um modelo de vida diferente para
o homem, partindo é claro de uma visão bíblica sobre todas as coisas. Daí, a
Bíblia e somente ela, deveria ser a única regra de fé e prática. Na verdade a
Reforma redescobrir o que havia sido esquecido.
Exemplo do que
dissemos no parágrafo acima foi a Reforma que João Calvino realizou em Genebra.
Ele foi convidado por Guilherme Farel para ajudá-lo na Reforma que este havia
iniciado. Para Farel, Calvino era a pessoa que ele precisava para administrar
Genebra e implantar os valores da Reforma.
Que os ideais
da Reforma, sejam os nossos ideais. Que em todo o tempo as Escrituras Sagradas
sejam para nós, a única regra de fé e prática. Desta forma acontecendo, iremos
contribuir para mudanças, transformações em todos os setores da vida, assim
como ocorreu no tempo da Reforma Protestante.
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