“...a nossa pátria está nos céus de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”
Filipenses
3.20
Há
alguns anos, conheci um casal que morou nos Estados Unidos, por cerca de uma
década e meia. Durante esse tempo, esse casal trabalhou e todo recurso que
conseguiu economizar enviou para o Brasil, para construir aqui um patrimônio
permanente. Embora vivesse em outro país, esse casal não se esqueceu de sua
pátria de origem. O casal tinha casa, carro e trabalho (bens transitórios) na
pátria estrangeira, mas sabia a que pátria pertencia, por isso, aguardava o dia
de retornarem – o que de fato aconteceu.
A
experiência vivida pelo referido casal, serve como ilustração de como devemos
viver neste mundo. Enquanto vivemos neste mundo, devemos almejar o dia de
retornamos à nossa pátria, à Pátria Celestial. Por isso, devemos nos esforçar
por acumular “recursos”, não para permanecermos aqui, mas para retornarmos ao
nosso lar pátrio (Mt 5.19-21).
Em
sua carta aos filipenses, o apóstolo Paulo exorta seus leitores a viverem neste
mundo, como estrangeiros, e desta forma, tal convicção deveria distingui-los
dos cidadãos terrenos, cujas preocupações eram só terrenas e egoístas (Fp
3.19). Na mesma carta, em 1.27, Paulo diz: “Vivei, acima de tudo, por modo
digno do evangelho de Cristo”. A expressão verbal “vivei”, no original,
significa: “portai-vos como cidadãos”. Somos exortados a nos portar como
cidadãos de outra pátria. Em outras palavras, não podemos nos esquecer de nossa
origem.
“A
nossa pátria está nos céus de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo”, por isso, não podemos nos acostumar com este mundo. Nossas “malas”
devem estar sempre prontas para voltarmos ao lar.
Infelizmente,
muitas vezes, entramos numa crise de cidadania. Nos sentimos muito à vontade
neste mundo. Nos portamos como cidadãos naturalizados. Nossas expectativas são
colocadas aqui. Nossas esperanças se voltam para cá e por algum momento
pensamos até mesmo, que aqui é um bom lugar para vivermos permanentemente.
Talvez seja por isso, que nossos batimentos cardíacos se alteram, quando vamos às
urnas. Não que devemos ser indiferentes a tudo o que acontece aqui, porém, o
sentimento de que a pátria que aguardamos é melhor, deveria fazer-nos esperar
pelo retorno de nosso Salvador e viver nessa expectativa.
Que
Deus nos ajude a não nos esquecermos que nossa Pátria está nos Céus, de onde
aguardamos o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo!
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