segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Cidadãos de outra Pátria

 “...a nossa pátria está nos céus de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

Filipenses 3.20

 

Há alguns anos, conheci um casal que morou nos Estados Unidos, por cerca de uma década e meia. Durante esse tempo, esse casal trabalhou e todo recurso que conseguiu economizar enviou para o Brasil, para construir aqui um patrimônio permanente. Embora vivesse em outro país, esse casal não se esqueceu de sua pátria de origem. O casal tinha casa, carro e trabalho (bens transitórios) na pátria estrangeira, mas sabia a que pátria pertencia, por isso, aguardava o dia de retornarem – o que de fato aconteceu.

A experiência vivida pelo referido casal, serve como ilustração de como devemos viver neste mundo. Enquanto vivemos neste mundo, devemos almejar o dia de retornamos à nossa pátria, à Pátria Celestial. Por isso, devemos nos esforçar por acumular “recursos”, não para permanecermos aqui, mas para retornarmos ao nosso lar pátrio (Mt 5.19-21).

Em sua carta aos filipenses, o apóstolo Paulo exorta seus leitores a viverem neste mundo, como estrangeiros, e desta forma, tal convicção deveria distingui-los dos cidadãos terrenos, cujas preocupações eram só terrenas e egoístas (Fp 3.19). Na mesma carta, em 1.27, Paulo diz: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo”. A expressão verbal “vivei”, no original, significa: “portai-vos como cidadãos”. Somos exortados a nos portar como cidadãos de outra pátria. Em outras palavras, não podemos nos esquecer de nossa origem.

“A nossa pátria está nos céus de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”, por isso, não podemos nos acostumar com este mundo. Nossas “malas” devem estar sempre prontas para voltarmos ao lar.

Infelizmente, muitas vezes, entramos numa crise de cidadania. Nos sentimos muito à vontade neste mundo. Nos portamos como cidadãos naturalizados. Nossas expectativas são colocadas aqui. Nossas esperanças se voltam para cá e por algum momento pensamos até mesmo, que aqui é um bom lugar para vivermos permanentemente. Talvez seja por isso, que nossos batimentos cardíacos se alteram, quando vamos às urnas. Não que devemos ser indiferentes a tudo o que acontece aqui, porém, o sentimento de que a pátria que aguardamos é melhor, deveria fazer-nos esperar pelo retorno de nosso Salvador e viver nessa expectativa.

Que Deus nos ajude a não nos esquecermos que nossa Pátria está nos Céus, de onde aguardamos o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo!

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