Estamos às vésperas de uma importante
eleição em nosso país. Em poucos dias, começaremos a definir os próximos quatro
anos de nossa nação. Tudo dependerá do voto de cada brasileiro. Temos vivido
dias difíceis. Nosso país está saindo de um período de grande crise econômica,
mas não é só isso com que precisamos nos preocupar, ou seja, embora a crise
econômica seja importante, temos que nos preocupar com outros problemas. Aliás,
a crise econômica que estamos enfrentando é resultado de uma crise ética e
moral instalada em nossa nação, como resultado de políticos corruptos e
comprometidos com ideologias populistas comprometedoras.
Diante da gravidade desse momento, podemos
perguntar: o eleitor cristão é diferente do eleitor comum? Seu voto deve ser
exercido sob bases e princípios diferentes daqueles que não são cristãos ou
crentes? Sim e sim. O eleitor cristão é diferente sim, do eleitor comum e seu
voto deve sim, ser exercido sob bases e princípios diferentes daqueles que não
são cristãos ou crentes. De que forma
então, o eleitor cristão deve exercer seu voto?
Tratamos às vezes nossa escolha política
como sendo algo em que nossa fé não possa interferir. Achamos que nesse
assunto, nossas convicções cristãs não fazem e nem podem fazer diferença. É
como se estivéssemos num território neutro. Mas é claro, que isso não deve ser
assim. Seja nossa escolha política ou qualquer outra, tudo deve passar pelo
crivo, da Bíblia, da Palavra de Deus. Se dizemos que “a Bíblia é a única regra de fé e prática”, logo, também, em nossa
escolha política, a Bíblia deve interferir e servir como parâmetro para o nosso
voto.
O Salmo 1, diz que a pessoa bem-aventurada
tem um modo de pensar, agir e pertencer que se distingui, daqueles que não
temem a Deus e que vivem na impiedade. O que faz a diferença na pessoa
bem-aventurada é a Palavra de Deus, a lei do Senhor, em que medita de dia e de
noite. Será que a Palavra de Deus não tem algo para nos dizer acerca deste
momento de grande gravidade e de importante decisão? Será que os princípios das
Escrituras Sagradas não devem balizar nossa decisão de escolha política e de voto?
Sim, com certeza, a Palavra de Deus deve nos guiar nessa escolha. De que forma
devemos fazer isso?
Quando estiver definindo em qual candidato
votar, submeta-o ao crivo da Palavra de Deus. Não estou dizendo com isso que o
candidato escolhido tenha que necessariamente ser crente, mas, contudo, suas
propostas devem se aproximar de princípios e valores cristãos, ou que, de um
modo geral não se oponham a esses princípios e valores. Analise suas propostas.
Examine suas declarações. Leia a plataforma de governo proposta pelo candidato
e seu partido. Conheça a ideologia política de cada partido e de cada candidato.
Há candidatos que assumem abertamente seu compromisso e apoiam propostas que se
opõe a princípios cristãos fundamentais, tais como a defesa da vida, da
família, da liberdade religiosa, da liberdade individual, e etc. É claro que
como cristãos não podemos apoiar ou votar em candidatos que pertençam a
partidos que neguem ou se oponham aos ditos princípios. Não deve haver dúvida
para nós sobre isso.
Além de fazer o exame proposto acima, ore
a Deus. Ore por nossa nação, para que Deus nos oriente em nossa escolha e
abençoe os nossos governantes (1Tm 2.1-6). Lembre-se, que acima de qualquer
governante, Deus exerce o seu governo por meio de Cristo Jesus (Ef 1.15-23) e
sobre todos reina soberanamente (Sl 46.8-11). Por isso, seja qual for o destino
definido na eleição em outubro, Deus continuará a reinar e cuidará daqueles que
o temem (Sl 23).
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