A parábola da ovelha perdida é contada por
Mateus e Lucas, enquanto que as parábolas da moeda e do filho perdido ou pródigo
são contadas apenas por Lucas. O contexto em que Mateus registra a parábola da
ovelha perdida é diferente do contexto em que Lucas registra tal parábola e as
demais. Nada impede que Jesus tenha contado a mesma parábola em ocasiões
diferentes. No entanto, as circunstâncias em que registram tais parábolas são
semelhantes.
Em Mateus, Jesus conta a parábola da
ovelha perdida para ensinar seus discípulos a dispensarem atenção e cuidado
amoroso para com todos os pecadores, que são chamados de pequeninos, sendo
comparados a crianças. Jesus diz: “Vede, não desprezeis a qualquer destes
pequeninos” (Mt 18.10). Em Lucas as parábolas da ovelha, como da moeda perdida e
do filho perdido, são contadas depois da atitude intolerante e hipócrita dos
fariseus e escribas. Estes criticavam Jesus, por ele falar e comer com
publicanos e pecadores. Portanto, em ambos os contextos, Jesus condena o
desprezo para com os pecadores, encorajando seus discípulos a amá-los.
As três parábolas apresentam um tema
central. Todas ilustram como o Pai Celeste ama pecadores perdidos e vai à
procura deles. Assim, como o pastor vai à procura da ovelha perdida, a mulher
da moeda e o pai recebe com alegria o filho que se perdera, assim também Deus o
Pai, através de Cristo, vai a procura dos perdidos. É para isso que Cristo
veio, ou seja, “salvar o que estava perdido”, e assim, não é da vontade do “Pai
celeste, que pereça um só destes pequeninos” (Mt 18.11, 14, compare com 1Tm
2.1-6). Jesus não veio salvar pessoas espiritualmente saudáveis e sim pecadores
que precisam de salvação. Os fariseus e os líderes religiosos se consideravam
saudáveis, no entanto, eram os piores dos pecadores, pois não reconheciam a
situação em que se encontravam. Se nas parábolas, quando o que estava perdido é
encontrado proporciona alegria para quem o buscava, alegria maior há no céu por
causa de um pecador que se converte. Portanto, o que causa prazer e satisfação
para Deus é salvar pecadores perdidos. Esta lição aprendida, produz numa igreja
local, um olhar favorável para com os pecadores, despertando-a para a tarefa da
evangelização.
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