terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Parábola do fariseu e o publicano: o jovem rico e Zaqueu, o publicano – Lucas 18.9-14; Marcos 10.17-31; Lucas 19.1-10

A parábola do fariseu e do publicano é registrada apenas por Lucas. Conforme Lucas esta parábola é contada no contexto em que Jesus tem encontro com o jovem rico (Lc 18.18). Os evangelistas Mateus e Marcos, também registram de forma semelhante a Lucas, sobre este encontro de Jesus. Lucas ainda, logo depois de registrar sobre este encontro, ao organizar seu material e apresenta-lo a seus leitores, relata sobre o encontro que Jesus tem com Zaqueu, o publicano. Ao que parece, Lucas diferente dos outros evangelistas, tem o cuidado de não omitir esses encontros em paralelo com o ensino da parábola. Pode-se perceber uma estreita ligação entre tais encontros e o ensino da parábola.

A. O fariseu e o jovem rico
Jesus propôs essa parábola, para demonstrar que ninguém pode se aproximar de Deus, através de méritos pessoais. A parábola é dirigida àqueles que “confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (Lc 18.9). O fariseu da parábola era alguém que confiava em seus méritos pessoais, achando que isso pudesse garantir sua aceitação diante de Deus. Enganava-se, pois, ninguém pode se apresentar diante de Deus confiando senão no favor gracioso de Deus. Por isso, ele voltou para sua casa sem ser justificado, pois aquele que se exalta será humilhado.
O jovem rico, age como um legítimo fariseu. Ele se aproxima de Jesus, com o fim de ser por este exaltado. Pergunta como faria para herdar por si mesmo a vida eterna. Tendo Jesus respondido que ele precisava praticar os mandamentos, logo destaca que praticava todos os mandamentos desde a sua juventude. Em outras palavras, considerava-se merecedor da salvação. Jesus ao demonstrar que tal homem quebrava os mandamentos, por não poder se separar das riquezas que possuía, amando-as mais do que a Deus e ao próximo, demonstrou quão impossível é para alguém receber a vida eterna, com base em seus próprios méritos. Na verdade, ninguém pode merecer a salvação. Somos imperfeitos e falhos. Somos incapazes de merecer o favor de Deus. Por isso, a impossibilidade de alguém entrar no reino de Deus, senão confiando em sua graça (Lc 18.24-30).

B. O publicano e Zaqueu
O publicano a semelhança do fariseu, foi ao templo também com o propósito de orar. O publicano diferente do fariseu reconhece sua condição pecaminosa. Sentindo-se humilhado por seu estado pecaminoso, evita se aproximar do templo, e nem ao menos levantava a cabeça. Cabisbaixo, batia no peito, em autoacusação. Mas, orava: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador” (Lc 18.13). Ele sabia que não possuía méritos pessoais para alcançar o favor de Deus, mas confiava na graça divina, para ser aceito por Deus. Por sua humilde petição e atitude foi justificado, porque todo o que se humilha será exaltado (Lc 18.14).

Zaqueu (publicano) agiu como o publicano da parábola. Diante do Filho de Deus,  reconhece suas culpas, resolvendo indenizar aqueles a quem havia defraudado e doar parte da sua riqueza aos pobres. Zaqueu foi salvo, justificado. Assim como Zaqueu, todo pecador que humildemente se aproxima de Deus, confiando em sua graça, recebe dele a salvação oferecida por meio dos méritos de Cristo.

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