“A minha alma está profundamente perturbada”
Salmo 6.3
Tristeza, melancolia, dor, abatimento, depressão,
estes são sintomas que podem recair sobre qualquer pessoa. A nossa existência
humana pós-queda – ou seja, desde o
pecado de Adão no Éden – é marcada por tais sintomas. Ninguém está livre deles.
Em algum momento da vida, seremos afligidos por acontecimentos, tragédias,
doenças, perdas, que nos farão sentir algum desconforto ou abatimento, que
poderá ter um período prolongado ou curto. Além de tudo isso, soma-se a nossa
fraqueza e vacilação espiritual, que potencializa as causas de nosso sofrimento,
lançando-nos numa tristeza ainda maior.
Há diversos livros, estudos, que tratam
sobre os sofrimentos da alma. Se lermos o livro dos Salmos iremos nos deparar
com essa problemática. A grande questão que inquieta a todos, diz respeito a maneira
de como lidar com os sofrimentos da alma. Neste caso, muitas poderão ser as
respostas e é claro, considerando-se a complexidade do tema, precisamos
ponderar acerca de cada uma delas, visto que, o sofrimento da alma, pode ter
causas diversas, desde, mudanças hormonais à questões espirituais. No entanto,
seja qual for a causa, é de fundamentalmente importância, considerarmos o
tratamento bíblico para essa questão.
Em tempos remotos, como o de Davi, quando
não existiam os especialistas, nem tão pouco a gama de medicamentos,
estimulantes e etc., o salmista, não recorria a outra solução, senão a graça de
Deus. Com isto, não quero dizer, que os especialistas ou os medicamentos modernos,
são a saída para o sofrimento da alma, e que portanto, são uma solução melhor e
mais moderna, tornando ultrapassado o recurso da graça de Deus. Não, não é
isso. O que estou tentando demonstrar é que para homens como Davi, que não
tinham outra opção, a graça de Deus era o recurso suficiente e eficiente para ajuda-lo,
quando se sentia abatido e desanimado. Era a graça de Deus que o ajudava a sair
de seu abatimento e o ajudava a seguir em frente e renovava suas forças: “Volta-te,
Senhor, e livra a minha alma; salva-me por tua graça” (Sl 6.4). Davi recorria àquele
que podia ouvir e se compadecer de sua angústia (Sl 6.9). O que ocorre em nossos
dias é o contrário, ou seja, despreza-se o recurso da graça de Deus, escolhendo
os recursos modernos, que muitas vezes, funcionam como paliativos.
Já disse acima, que precisamos ponderar sobre
as diversas respostas para o sofrimento da alma, pois, as vezes, por exemplo, apenas
uma regulação hormonal resolve a questão. Neste caso, só uma especialista poderá dar o diagnóstico correto. Contudo, se por um lado não podemos
ignorar as vozes dos especialistas, por outro lado, não podemos nunca
prescindir, dispensar a graça de Deus, pois, ela sempre nos será suficiente e
eficiente em qualquer circunstância. Certamente, a graça de Deus fará a diferença
em qualquer tratamento. Seja qual for a causa do nosso sofrimento da alma,
devemos entender que sua causa principal é o pecado, ou seja, se dá em razão de
nossa existência pós-queda. Sendo assim, o remédio de Deus para o pecado é a
sua graça atuando por meio da obra de nosso Senhor Jesus Cristo. Este remédio,
não podemos prescindir em tempo algum.
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