quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Martinho Lutero





“O justo viverá por fé”
Romanos 1.17

Martinho Lutero (1483-1546) nasceu em Eisleben, na Saxônia. Era  descendente de uma família de camponeses. Seu pai trabalhava numa mina de ferro e era um homem de poucos recursos durante a infância de Lutero, mas, progredindo depois, pôde dar a seu filho uma educação aprimorada. Com dezoito anos, Lutero ingressou na mais famosa universidade alemã, a de Erfurt, para estudar Direito.
Lutera estava prestes a iniciar sua carreira profissional, quando resolveu tornar-se monge, entrando para o Convento dos Agostinhos em Erfurt. Tal decisão causou grande decepção a seu pai.
No mosteiro, Lutero, passou por uma grande batalha espiritual. Seu ingresso para a vida monástica, se deu como uma tentativa para encontrar a salvação. Apesar de seus esforços, por meio de jejuns, flagelações, vigílias, não conseguia obter alívio para sua alma, que era constantemente atormentada pelo sentimento de pecado e de estar sob a ira de Deus.
A vida de Lutero antes de se tornar reformador, foi bastante agitada. Entrou para o mosteiro em 1505, foi ordenado em 1507, em 1508 foi a Wittenberg, em 1509 a Erfurt, e em 1511 foi convidado a ensinar na universidade de Wittenberg.
Em 1511, em uma viagem que teve que fazer à Roma, para tratar de assuntos relacionados a sua Ordem, fez visitas a diversos lugares sagrados de santos e a igrejas. Nessa visita, para livrar seu pai do purgatório, resolveu subir de joelhos, a escadaria, Scala Sancta (escadaria que se diz ter sido trazida da casa de Pilatos) repetindo o Pai Nosso, em cada degrau. Ao completar a subida, questionou: “Quem sabe se tudo isto é verdade”?
No fim de 1512 e início de 1513, enquanto lia a epístola de Romanos, encontrou as palavras: “Mas o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Tais palavras causaram um impacto muito grande em seu coração. Ao lê-las, pôde compreender que a paz de espírito que tanto almejava e o alívio para o peso de seus pecados, só eram possíveis, por meio da justiça alcançada por Cristo Jesus. Foi então que encontrou paz interior, pois, descobriu que a salvação era baseada na fé em Deus através de Cristo, e não em qualquer obra que ele praticasse. Prosseguiu estudando a doutrina da justificação pela fé e nos estudos do livro dos Salmos e das epístolas de Paulo.
Por mais de quatro anos Lutero trabalhou em Wittemberg sem romper com a igreja Católica. Pregava muito acerca da verdade que havia descoberto, rejeitando os ensinos falsos da igreja.
Em 1517 em Wittenberg, apareceu um homem chamado Tetzel, enviado pelo arcebispo de Mongúcia, vendendo indulgências emitidas pelo papa. Por meio dessas indulgências, prometia-se diminuição das penas do purgatório. Lutero convencido de que tal procedimento desviava o povo do ensino acerca de Deus e do pecado, resolveu enfrentar tal erro. Como resposta, a venda das indulgências e a outros erros doutrinários, Lutero, no dia 31 de outubro de 1517, véspera do Dia de Todos os Santos, afixou na porta da capela de Wittenberg, suas 95 teses.
As 95 Teses de Lutero, foram distribuídas por toda a Alemanha. Tão logo as autoridades católicas tomaram conhecimento de seu conteúdo, começaram a agir contra seu autor. Lutero teve que comparecer a diversas audiências, para se defender. Em sua defesa Lutero ensinou que o papa não tinha autoridade divina e que os concílios eclesiásticos não eram infalíveis. Não sendo demovido de seus posicionamentos, não houve outra alternativa para ele, senão romper coma a Igreja Católica, organizando tempo depois, uma igreja nacional alemã.
Lutero traduziu a Bíblia para a língua alemã. Organizou escolas onde existiam igrejas. Seus escritos tinham larga aceitação, e assim, seu movimento se fortificou na Boêmia, Hungria, Polônia, Inglaterra, Escócia, França, Países Baixos, Escandinávia, e mesmo na Espanha e Itália.

Martinho Lutero, deve ser lembrado por sua grande contribuição, para o desabrochar da Reforma Protestante. Fica claro, que tudo aquilo que ele realizou, se deve antes, ao agir de Deus, que por meio de sua Palavra, conduziu seu servo a verdade do Evangelho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário