quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os Que São Avessos à Revelação: Romanos 1.18-32; Salmo 14.1

Introdução
                   Em nosso tempo, embora, a tecnologia esteja em grande avanço, possibilitando aos cientistas um exame mais detalhado do universo, podendo conhecer quão majestosa é toda a criação, sendo uma obra de grande dimensão, ainda insistem em dizer que tudo começou como obra do acaso, depois de uma explosão cósmica chamada de Big-bang.
O homem, por mais conhecimento que possa ter, não admite que todo o universo seja obra das mãos do Criador. Na verdade existe uma luta do homem em tentar abafar este conhecimento que é evidente em toda a terra. Procura por todos os meios inventar teorias como a mencionada acima, ou como aquela chamada de “Teoria da Evolução”, que tenta explicar a origem da vida e diversidade das espécies, para não admitir que Deus existe.
Esta rebelião leva o homem, além dos absurdos mencionados acima, a inventar os seus próprios deuses, feitos por suas próprias mãos e imaginação.
Na verdade esta atitude do homem não é novidade, desde a sua queda no jardim do Éden ela tem sido seguida pela a humanidade.

I. Deus se revela claramente aos homens (Rm 1.19, 20, 32)
                   Deus se revela a todos os homens, dando prova de sua existência por meio das coisas criadas. Esta é a revelação geral.
Poderíamos levantar o seguinte questionamento: Será que todos podem ver e saber o que Deus anuncia? Será esta revelação clara o suficiente para que ninguém seja enganando? Definitivamente a resposta é sim. Qualquer pessoa pode saber verdades acerca de Deus sem qualquer engano, observando as obras da criação.
                   Paulo em Romanos 1.19, 20, diz que claramente Deus se apresenta, e suas qualidades pessoais, ou seja, seus atributos podem ser conhecidos claramente. Assim como um espelho, a revelação geral reflete claramente quem Deus é.
                   Olhando para um quadro, podemos pela pintura, perceber algumas características de quem o pintou. Por exemplo, olhando para tal obra, poderíamos dizer que o pintor é preciso, dando uma ideia clara do que pretendia dizer com a pintura. Poderíamos dizer que ele é criativo, detalhista. Poderíamos até mesmo perceber traços de sua personalidade, se é uma pessoa tranquila, alegre, ou se com a sua pintura queria demonstrar revolta, e etc. Assim, de forma semelhante, olhando para a criação, qualquer um pode perceber que quem a criou é alguém muito inteligente, sábio, bondoso, cuidadoso, poderoso. Poderia perceber que quem a criou é alguém muito superior ao homem, infinito em conhecimento.
                   A revelação geral revela tão claramente que Deus existe que, os homens em seu íntimo sabem que são merecedores da condenação (v.32). Por isso não há desculpa para ninguém. Muitos serão condenados não porque nunca ouviram falar de Jesus, e sim, porque rejeitaram a mensagem de Deus anunciada pela revelação geral.

                   II. Os homens rejeitam a revelação divina (Rm 1.18, 21-23, 25; Sl 14.1)
                   Só não vê quem não quer. Se o homem diz que Deus não existe, que tudo surgiu como obra do acaso, faz isso por rebeldia, pois, deseja que Deus não exista. A atitude do homem em relação a Deus, não crendo na sua existência, é uma atitude que contraria a sua inteligência.
Na verdade a atitude do homem rejeitando a revelação geral, demostra que ele quer ser superior a Deus como se não precisasse dEle.

A.    Raciocínio avesso
                   Somando dois mais dois, o resultado lógico é quatro, contudo, quando o assunto é admitir a existência de Deus, a escolha de muitos vai contra a lógica. A atitude de muitos é se convencer de que a mentira é verdade.
                   Salmo 14.1 – “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus”. Insensato é alguém que age sem senso, sem razão. Não por que não consiga raciocinar e sim por que o seu pecado o afastou do raciocínio correto. Ele perdeu a sabedoria, o conhecimento correto acerca dos valores espirituais. O pecado que existe em nós, prejudica nossa mente, a ponto de podermos duvidar da existência de Deus. Desta forma, podemos entender o porquê de muitos cientistas conseguirem fazer descobertas espantosas, mas, ao mesmo tempo não admitirem o que está claro, ou seja, Deus existe e criou o universo.
                    Romanos 1.18 – “detém a verdade pela injustiça”, isto quer dizer que o ser humano impede, obstrui, coloca obstáculo, à verdade, para que não a veja. Isto é feito com o seu pecado. A pecaminosidade do homem, a sua injustiça, o seu próprio pecado é usado para tapar a verdade. Assim o que lhe era claro, é escurecido, por sua própria culpa.
                    Romanos 1.21 – Neste verso, Paulo explica que aqueles que detém a verdade, “se tornaram nulos em seus próprios  raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato”. O conhecimento que receberam de Deus é anulado, de tal forma que negam glorificar e adorar a Deus.
                     Romanos 1.22 – “Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”, ou seja, o que para eles é visto como sabedoria, na verdade não passa de loucura, de uma atitude insensata, onde dois mais dois é cinco e não quatro.
                     Acabamos de verificar que, o raciocínio avesso, invertido do homem, por se encontrar em um estado de depravação, o leva a negar a existência de Deus. Procura por um esforço incansável, encobrir a revelação de Deus. Em tal atitude se encaixam também, aqueles que são chamados de ateu. Ou seja, aqueles que tentam por todas as formas, dizer que não existe nenhum Deus e que tudo foi criado por iniciativa da própria matéria.

                      B. Resultado
                      O resultado de se rejeitar a verdade, escolhendo a mentira, leva a humanidade a inventar uma religião falsa, a idolatria.
                       Em Romanos 1.23a, Paulo demonstra que a humanidade passa a adorar uma imagem humana, como se estivessem adorando a Deus, o que é idolatria (Is  44.12-20). Percebam que a rebeldia conduz a humanidade à idolatria. O homem cria por suas próprias mãos o seu próprio deus, conforme o seu próprio raciocínio. Paulo demonstra, a que ponto chega a insensatez do homem. Como exemplo disso, podemos lembrar-nos do povo de Israel, que impaciente por aguardar Moisés descer do monte, fizeram com a aprovação de Arão, um bezerro de ouro (Ex 32.1-10). A intenção na verdade, não era a de adorar outro deus, mas sim de adorar o Senhor. Isto pode ser demonstrado, conforme as palavras de Arão: “Amanhã será festa ao Senhor” (Ex 32.5).
                        Romanos 1.23b, 25, demonstra que o homem rebelde, chega a ponto de adorar a própria criação em lugar do criador. Atribuem adoração as criaturas, como aves, quadrúpedes, répteis, como se fossem Deus. Como exemplo disso, podemos nos referir aos egípcios que, consideravam como tendo poder divino, o rio Nilo, como também animais, como a rã, boi, gado em geral e etc. Quando Deus enviou as pragas para o Egito, demonstrou que seu poder estava acima de todas as divindades do Egito (Ex 7-12). Hoje, sabemos que a Índia, considera a vaca um animal sagrado, desta forma, ninguém pode matar este animal. Lá também, existe um templo dedicado aos ratos, e que todos os dias centenas de pessoas visitam este lugar para alimentá-los.
                       Percebam a que situação chega o homem em sua rebelião contra Deus.


                       III. Deus traz Juízo por causa da rejeição da revelação geral (Rm 1.18, 24-31, 32; Sl 14.1)
                       Deus se revela claramente a todos, desta forma, não há desculpa para ninguém. Todos aqueles que rejeitam a revelação geral, escolhendo por meio de seu próprio raciocínio anular tal conhecimento, estão debaixo de juízo divino (Rm 1.18). O juízo de Deus não é apenas futuro, como também presente. Ou seja, Deus um dia irá punir a todos que o rejeitaram, contudo, esta punição se manifesta agora, hoje.
                       Paulo diz que, como manifestação da ira de Deus sobre os “homens que detém a verdade pela injustiça”(Rm 1.18), “Deus entregou tais homens à imundícia” (Rm 1.24), “a paixões infames” (Rm 1.26), “a uma disposição mental reprovável” (Rm 1.28). Isto quer dizer que, por causa da rejeição a Deus, são deixados para viverem conforme a maldade do coração, a ponto de que o próprio pecado que praticam serve como castigo.
                        O que acontece é que Deus retira de tais pessoas o freio, deixando que  vivam da forma como querem. Se existe ainda bondade no mundo, é por que Deus em sua graça impede que a maldade cresça desesperadamente. Contudo, em dada situação, para punir Ele entrega pessoas aos seus próprios pecados. O resultado é que tais pessoas passam a praticar perversidade, imundície, impureza, e conforme Paulo diz pecados dos mais diversos (Rm 1.29-31) e alguns na área sexual (Rm 1.26, 27), principalmente o homossexualismo. Deus pune o pecado da idolatria, entregando os homens a mais pecado (Sl 14.1).
Contudo, a punição de Deus, irá se manifestar de forma mais intensa no juízo final. Em Romanos 1.32,                                Paulo diz que os homens que vivem em rebelião contra Deus, “são passíveis de morte”, não só os que praticam os pecados mencionados, como também aqueles que aprovam tais práticas. Todos serão punidos de forma definitiva no futuro. No juízo futuro, Deus irá punir a cada um conforme aquilo que fizeram (Rm 2.5, 6).


                        Conclusão
                        Nas escolas, universidades, a teoria do Big-bang, como a da evolução, são ensinadas na tentativa de convencer-nos de que Deus não existe, ou de que não precisamos dEle. Os argumentos em favor de tais teorias tentam ser convincentes, contudo, não conseguem ser científicos o bastante, para deixar de serem teorias. Cabe a nós como crentes, lutarmos contra tais teorias, anunciando a verdade de que Deus existe e criou todas as coisas.
                         Devemos igualmente combater a idolatria, que é resultado desta rebelião do homem, anunciando o Deus Criador, como o único que é merecedor de adoração.














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