“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males [...].” (1Tm 6.10a)
Pode parecer estranho para alguns o título desta pastoral, contudo, se analisarmos bem a questão levantada, concluiremos que de fato, “Dinheiro é Uma Questão Espiritual”. Os Guinness em seu livro “O Chamado” (p. 142), editado pela Cultura Cristã, trata sobre esse assunto e faz algumas afirmações importantes conforme se segue: “No centro do significado do dinheiro estão numerosas perguntas, tais como: ‘Por que há um problema?’. É significativo que o domínio do dinheiro na sociedade moderna coincida com o desaparecimento do pensamento moderno sobre a questão da avareza [...] Através da história o problema mais universalmente reconhecido do dinheiro era que sua procura é insaciável. Enquanto procuramos dinheiro e possessões, notam os observadores, a busca se torna em desejo jamais satisfeito que alimenta a avareza – descrita na Bíblia como a vaidade de ‘correr atrás do vento’, e pelos modernos como um vício. A própria palavra hebraica para dinheiro (kesef) vem de um verbo que significa ‘desejar’ ou ‘almejar alguma coisa’ [...] Tradicionalmente, tem sido descrito melhor como uma forma de sede espiritual que nunca pode se saciar. Essa incapacidade toca em duas áreas: obter o que não temos e agarra-lo sem abrir mão do que temos. [...] a insaciabilidade sempre foi vista como sinal de outras necessidades – poder, proteção, aprovação, e assim em diante. [...] a insaciabilidade é muitas vezes ligada ao ser consumido. Os indivíduos e as sociedades que se dedicam ao dinheiro logo são devorados por ele”.
O que Os Guinness diz sobre a questão espiritual do dinheiro, ou seja, sobre o perigo do pecado da avareza, não se trata de uma constatação particular sua, visto que, trata-se de algo tantas vezes denunciado nas Escrituras (Mt 6.19-21, 24; 1Tm 6.10). A Bíblia fala, conforme os textos citados – e conforme outros exemplos como do homem rico (12.13-21), do jovem rico (Lc 18.18-30), de Judas Iscariotes (Lc 22.3-6), Ananias e Safira (At 5.1-11) – sobre o perigo do amor ao dinheiro, sobre a vaidade ligada as possessões, sobre o perigo de nos tornarmos materialista, consumista e tantos “istas”, que afogam a nossa sociedade e sufocam o amor. Os crentes em Cristo Jesus, devem ter um relacionamento responsável com o dinheiro. O dinheiro em si não é mau, contudo, quando mal administrado e investido em coisas supérfluas, ou não investido da forma como Deus requer, se torna um problema que pode levar a ruína espiritual.
Os Guiness em seus comentários ainda diz algo interessante: “Em nossos dias dizem que seguindo o colapso do totalitarismo soviético, o maior perigo ocidental é o ‘totalitarismo do mercado’ ou ‘imperialismo econômico’. ‘No que é que o economista economiza?’ pergunta-se. A resposta é ‘amor’. Num sistema de mercado que opera estritamente sobre lucros e perdas, uma sociedade passa a viver com menos amor que sob qualquer outro sistema. A sociedade [...] economiza no amor”.
Uma maneira de sabermos como temos lidado com o dinheiro é verificamos no que temos investido nossa renda, se em tais investimentos tem sobrado espaço para o amor, ou se somos controlados pelo desejo insaciável de ter, possuir. A fidelidade nas contribuições, ou seja, dízimos, ofertas, e outras formas de contribuição, trata-se de uma forma de regularmos nosso apego ao dinheiro e não economizarmos no amor. Geralmente, pessoas displicentes em suas contribuições, são aquelas que apresentam problemas com o dinheiro e com os males decorrentes de seu mau uso.
Que Deus nos ajude a lidarmos de forma adequada com o dinheiro. Que possamos como sermos tementes a Ele, utilizarmos os meios estabelecidos por Ele mesmo – como a contribuição por meio dos dízimos e ofertas – para não nos tornarmos avarentos e econômicos no amor.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
O auditório de UM SÓ
“Sonda-me, ó Deus e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos [...]” (Sl 139.23)
“A maioria de nós, quer estejamos ou não cônscios disso, fazemos as coisas com o olho na aprovação de algum auditório. A questão não é se temos um auditório mas qual o auditório, qual o ouvinte, que temos.” Esta observação, quem faz é Os Guinness em seu livro O Chamado, editado pela Editora Cultura Cristã.
Os Guinness, toca em um ponto muito importante e que raramente percebemos, ou seja, nossa preocupação em fazer as coisas de tal maneira que tenhamos a aceitação das pessoas, em vez de fazer tudo de tal maneira que seja agradável Àquele que tudo sabe e tudo vê. O que irão pensar de mim? Terei aceitação das pessoas? Essas e outras perguntas passam a determinar nossas ações e comportamento, demonstrando que buscamos aceitação de um auditório que não deveria ter a prioridade. Percebam que as perguntas deveriam ser direcionadas a outro auditório, ao auditório de UM SÓ. Deveríamos, independente da popularidade de nossas ações, se aceitas ou não pelas pessoas ao nosso redor, nos preocupar com a aceitação ou não de nossas ações perante Deus. Aquele que tudo vê, que tudo ouve, que tudo sabe, está satisfeito comigo? O que tenho feito lhe tem sido agradável? Está é a sua vontade?
Comentando Mateus 6.1-4, Os Guinness diz o Seguinte: “Jesus intensifica essa mesma ênfase. Ele lembra aqueles a quem chama que o Pai ‘sabe e ‘vê’. Deus nota a andorinha que saltita sobre o chão, e numera os próprios cabelos da cabeça de seus seguidores. Contrário ao desejo humano universal de exibir a virtude e dar a fim de ser reconhecido e honrado, Jesus requer que nossas boas obras sejam feitas em secreto. ‘Então vosso Pai, que vê em segredo, vos recompensará’”. Portanto, conforme o texto citado e o comentário que tal autor faz, a nossa preocupação com o que fazemos ou deixamos de fazer, deve estar acima de tudo, com o que Deus irá pensar, Ele que a tudo vê e recompensa, mesmo quando tal ação for realizada em segredo.
No Salmo 139, o salmista Davi demonstra que Deus é aquele que conhece todas as suas ações e que nada foge ao seu conhecimento. Conforme o Salmo, podemos entender, que para onde quer que vamos Deus ali está e conhece. Não há como fugir de sua presença e portanto, isto deve produzir em nós temor e um coração contrito: “Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.24). Tudo o que está em nosso coração e até mesmo nossa motivação para realizar algo, é por Ele conhecido. Desta forma, não deveríamos nós, nos preocupar antes com o que o nosso Deus e Senhor acha? Deveríamos temer antes a este Auditório e não nos preocupar com os demais. Muitas vezes fazer a vontade de Deus, obedecendo a sua Palavra, pode nos conduzir a impopularidade.
Com qual auditório temos estado preocupados? A quem temos demostrado obediência e a quem temos agradado?
Viver diante do auditório de UM SÓ, transforma todas as nossas realizações. Os Guinness diz ainda: “É por essa razão que o heroísmo centrado em Cristo não precisa ser notado ou publicado. Os maiores feitos são realizados perante o auditório de Um Só, e isso basta. Os que são vistos e louvados por este único Ouvinte podem se despreocupar com auditórios menores”.
Que nossa preocupação, em todas as nossas obras, seja em agradar Aquele que nos chamou para si.
“A maioria de nós, quer estejamos ou não cônscios disso, fazemos as coisas com o olho na aprovação de algum auditório. A questão não é se temos um auditório mas qual o auditório, qual o ouvinte, que temos.” Esta observação, quem faz é Os Guinness em seu livro O Chamado, editado pela Editora Cultura Cristã.
Os Guinness, toca em um ponto muito importante e que raramente percebemos, ou seja, nossa preocupação em fazer as coisas de tal maneira que tenhamos a aceitação das pessoas, em vez de fazer tudo de tal maneira que seja agradável Àquele que tudo sabe e tudo vê. O que irão pensar de mim? Terei aceitação das pessoas? Essas e outras perguntas passam a determinar nossas ações e comportamento, demonstrando que buscamos aceitação de um auditório que não deveria ter a prioridade. Percebam que as perguntas deveriam ser direcionadas a outro auditório, ao auditório de UM SÓ. Deveríamos, independente da popularidade de nossas ações, se aceitas ou não pelas pessoas ao nosso redor, nos preocupar com a aceitação ou não de nossas ações perante Deus. Aquele que tudo vê, que tudo ouve, que tudo sabe, está satisfeito comigo? O que tenho feito lhe tem sido agradável? Está é a sua vontade?
Comentando Mateus 6.1-4, Os Guinness diz o Seguinte: “Jesus intensifica essa mesma ênfase. Ele lembra aqueles a quem chama que o Pai ‘sabe e ‘vê’. Deus nota a andorinha que saltita sobre o chão, e numera os próprios cabelos da cabeça de seus seguidores. Contrário ao desejo humano universal de exibir a virtude e dar a fim de ser reconhecido e honrado, Jesus requer que nossas boas obras sejam feitas em secreto. ‘Então vosso Pai, que vê em segredo, vos recompensará’”. Portanto, conforme o texto citado e o comentário que tal autor faz, a nossa preocupação com o que fazemos ou deixamos de fazer, deve estar acima de tudo, com o que Deus irá pensar, Ele que a tudo vê e recompensa, mesmo quando tal ação for realizada em segredo.
No Salmo 139, o salmista Davi demonstra que Deus é aquele que conhece todas as suas ações e que nada foge ao seu conhecimento. Conforme o Salmo, podemos entender, que para onde quer que vamos Deus ali está e conhece. Não há como fugir de sua presença e portanto, isto deve produzir em nós temor e um coração contrito: “Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.24). Tudo o que está em nosso coração e até mesmo nossa motivação para realizar algo, é por Ele conhecido. Desta forma, não deveríamos nós, nos preocupar antes com o que o nosso Deus e Senhor acha? Deveríamos temer antes a este Auditório e não nos preocupar com os demais. Muitas vezes fazer a vontade de Deus, obedecendo a sua Palavra, pode nos conduzir a impopularidade.
Com qual auditório temos estado preocupados? A quem temos demostrado obediência e a quem temos agradado?
Viver diante do auditório de UM SÓ, transforma todas as nossas realizações. Os Guinness diz ainda: “É por essa razão que o heroísmo centrado em Cristo não precisa ser notado ou publicado. Os maiores feitos são realizados perante o auditório de Um Só, e isso basta. Os que são vistos e louvados por este único Ouvinte podem se despreocupar com auditórios menores”.
Que nossa preocupação, em todas as nossas obras, seja em agradar Aquele que nos chamou para si.
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